TOPONÍMIA
Não se conhece ao certo a razão do nome da povoação e sede de freguesia, mas o próprio significado da palavra confere-nos algumas hipóteses: cargo de chanceler, repartição, divisão judiciária ou colecção de documentos oficiais. Qualquer uma entre estas hipóteses, relacionadas com o remoto funcionamento, neste lugar, de um qualquer órgão administrativo, não será porventura a mais errada de todos.
FACTOS ARQUEOLÓGICOS
As origens remontam ao Neolítico, ou ainda ao Paleolítico Superior, dado que, nos arredores da localidade de Rexaldia, na necrópole da chamada "Buraca da Moura", foram encontrados vestígios daquela época, pelo que se equaciona que foram aqui que viveram os primitivos habitantes desta região.
Por meio de escavações arqueológicas realizadas entre 1982 e 1997, foram encontrados, em camadas pouco profundas vestígios daquela época, mas também da ocupação romana e ainda das invasões francesas. Ali foram encontradas algumas moedas e detritos líticos e cerâmicos de Roma.
Por este meio, ficou conhecido algum do passado da freguesia.
FACTOS ECLESIÁSTICOS
A Freguesia de Chancelaria, ou Santa Eufémia, como era chamada, pertenceu à Casa de Aveiro de 27 de maio de 1500 a 13 de janeiro de 1759, data em que é supliciado o 8.º Duque de Aveiro, 8.º Conde de Santa Cruz e 5.º Marquês de Gouveia, por alegadas implicações no atentado a D. José I a 3 de setembro de 1759, passando para a Coroa.
A antiga freguesia de Santa Eufémia era curato de apresentação do prior da igreja de São Pedro de Torres Novas. Em meados do séc. XVIII a igreja paroquial estava fora do povoado junto a uma ribeira. A freguesia tinha então duas ermidas: a de Nossa Senhora da Encarnação, Sacramento, Senhor Jesus da Boa Morte, São Francisco de Paula e Santo António, no lugar de Mata, administrada pelo povo e a de Nossa Senhora do Bom Despacho, no de Rendufas, datada de 1670, então administrada por Pedro Álvares de Lara, da Golegã. Em 2001 são referidas as capelas de Nossa Senhora da Conceição, em Rexaldia, do ano de 1888, de São José, em Cabeço do Soudo e outra, com o mesmo orago, em Pafarrão.
Pertenceu ao Patriarcado até à criação da diocese de Santarém, em 16 de julho de 1975, pela Bula "Aposticae Sedis Consuetudinem", do Papa Paulo VI, diocese sufragânea da de Lisboa. Pertenceu à vigararia de Torres Novas, atualmente arciprestado.
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